terça-feira, 28 de outubro de 2008

Dias melhores

E não é o que queremos todos?
E não é o que fomos chamados a promover?
E não é o que a mensagem daquele galileu poderia realizar caso fosse praticada?
Caso fosse...

Dias Melhores
Jota Quest
Composição: Rogério Flausino




Vivemos esperando
Dias melhores
Dias de paz, dias a mais
Dias que não deixaremos
Para trás

Vivemos esperando
O dia em que
Seremos melhores
Melhores no amor
Melhores na dor
Melhores em tudo

Vivemos esperando
O dia em que seremos
Para sempre
Vivemos esperando

Dias melhores pra sempre

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Evangelho e cultura

Uma grande dificuldade que o cristianismo tem é se relacionar com a cultura que o cerca de forma pacífica. Reside em nossos corações o medo de perder a fé e ser atacado pelo inimigo que sorrateiramente nos espreita atrás de cada manifestação cultural. Esse mesmo medo se estende para a tecnologia e o conhecimento. Vivemos cercados de medos porque cremos em um inimigo tão forte e inteligente quanto aquele que habita em nós.

Interessante perceber que essa questão era corrente também nos tempos da igreja primitiva. Cultura e religiosidade eram coisas indivisíveis. E, a julgar pelas cartas de Paulo, a comunidade cristã em algumas cidades também sofria desse medo cultural.

Naquele contexto, semelhante ao nosso, Paulo escreve aos romanos (Rm14), ao tratar da necessidade ou não de se abster dos alimentos oferecidos aos ídolos: cada um deve estar convicto em sua própria mente. O argumento dele parece ainda mais ousado quando diz que feliz é o homem que não se condena naquilo que aprova concluindo ainda que aquele que tem dúvida, é condenado se comer (de onde se conclui que a condenação não reside no ato de comer, mas na consciência de quem come). E aos corintios (1Co 8), Paulo diz que, em relação aos alimentos sacrificados aos ídolos, sabemos que o ídolo não significa nada no mundo e que só existe um Deus. Mas, argumenta Paulo, alguns ainda comem alimentos sacrificados como se o ídolo fosse alguma coisa de poder semelhante à Deus e pudesse, de alguma forma, se opor à Ele e como a consciência deles é fraca, fica contaminada. E como o assunto é polêmico e recorrente, Paulo ainda insiste (1Co10.23): comam tudo que tem no mercado sem fazer perguntas por causa da consciência. E mais algumas vezes ele insiste que o problema não está no demônio que a cultura insere no alimento, mas na consciência de quem se alimenta, e pergunta: porque minha liberdade deve ser julgada pela consciência do outro? Ou seja: se estou tranqüilo, de cuca fresca, me deixem comer em paz!

Mas nós temos muita dificuldade de agir com liberdade nessas questões. Nosso medo continua - mas se eu for lá na aula de yoga e isso for mesmo coisa do diabo? - Parece que ele vai desapercebidamente, grudar na minha "canguta", como naquele famoso romance cristão. E vivemos à sombra do medo. E só nos sentimos seguros entre os muros gelados da nossa instituição religiosa. Lá somos intocáveis. Lá temos o corpo fechado.

Engraçado é que fomos chamados para ir ao mundo, mas poucos têm essa coragem. Se nos falta coragem, se somos fracos, como diz Paulo, é porque nos falta a essência daquilo que Jesus pede de nós – amor. Porque o amor lança fora o medo. E se foi para liberdade que Cristo nos libertou, que liberdade é essa que nos faz temer o ataque do inimigo em cada canto da cultura que nos cerca?

Paulo prossegue na luta de libertar o cristão desse medo. Aos colocensses (Cl2), ele pede que não permitam que ninguém os julgue pelo que vocês comem, ou bebem, ou com relação a alguma festividade religiosa ou à celebração das luas novas ou dos dias de sábado. Todas essas coisas envolviam, naquele tempo, uma miscelânea indivisível de religiosidade e cultura, mas Paulo pergunta sarcasticamente: porque vocês se submetem a regras: não manuseie! não prove!, não toque!? E ainda termina provocando: essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, mas não têm valor algum para refrear os impulsos da carne. Ele parece insistir que o problema está em outro lugar, muito mais próximo de nós do que a cultura. Está dentro, escondido num canto escuro do nosso coração evangélico e bem comportado.

Nós insistimos em que o viver santo carece de abstermo-nos do mal e, por isso, arranjamos algumas formas de conduta que possam ser julgadas como más, para podermos nos abster delas e termos aquela bela sensação de santidade. No entanto (Cl3), povo de Deus, santo e amado, se queremos um viver santo, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito.

Portanto, no que diz respeito à cultura que nos cerca, deixemos de nos preocupar com os demônios que habitam escondidos pelos cantos. Porque toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto. E a música popular, o folclore, os atabaques e danças, bem como toda forma de cultura, está repleta de boas dádivas, que geram saúde, sabedoria, capacidade de concentração e relaxamento. Desfrutemos dessas boas dádivas com nossas consciências tranqüilas. Porque o poder de atuação do mal sobre nós reside em nossas dúvidas, temores e medos.

E, você pode estar perguntando, quando ouvimos aquele testemunho do rapaz que fez acupuntura e se viu bloqueado em relação ao seu relacionamento com Deus? Ora, nesses casos o crente se sente, no canto do seu quarto, sozinho diante de Deus, como a criança que foi pega por ter roubado doces. A consciência do sujeito já o havia condenado muito antes da primeira agulhada e, como a consciência dele era fraca, ficou contamidada.

Sim, Paulo nos exorta a cuidarmos dos fracos. Mas esse cuidado inclui, certamente, o ensino e encorajamento para fortalecê-los. E não o amparo de uma mãe superprotetora que carrega galos crescidos debaixo das asas. Por isso, como Paulo (Ef3), devemos orar à Deus para que ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito.


Adaptado do texto publicado originalmente no blog A TRILHA em 2.5.07

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Na varanda






Na varanda

Letra: Mario Coutinho / Tiago Vianna
Música: Tiago Vianna

Esperança na varanda brinca
Tão risonha escarafuncha
A vida de quem cochila
Esperança na varanda espera
A chuva que vem longe
Cinza, triste e vagarosa.

Esse campo perigoso
Onde tudo tem seu risco
Visgo de tristeza pega
Seus maus tratos trazem frio

Vida, quintal de criança
Há que se saber dos riscos
Há que se saber dos cacos
Riscado do giz de barro

Esperança na varanda grita
Acorda a alma esquiva
Alma de quem não dá bola
Esperança na varanda escuta
Os lamentos e as rimas
Dos poetas tão cansados
Dos poetas tão escassos

Vida, pátio de escola
Tudo nela vai, decola
Vôo certo na subida
Buscando o grande azul

Vida é como folha de livro
Vida é verso bandido
Vida é verso em reverso

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Programação novembro 2008

Acompanhe a programação do Baixo e Voz no sul, durante o mês de novembro.

NOVEMBRO/2008

Camboriú (SC)
21/11, 20h - Rua 3.300 – nº 360 – Andar C – Ed. West Side
Luiz (47) 3367.3424 - Jones (47) 3360.8853
jones@redel.com.br

Brusque (SC)
Dia 22, 20h - SENAC
Rua Olímpio Souza Pitanga, 04
bedhungues@hotmail.com (Daniel)

Florianópolis (SC)
Dia 23, noite – Igreja Presbiteriana na Trindade
gladirc@yahoo.com.br (Gladir)

Blumenau (SC)
Dia 26, noite - Workshop na Fundação Cultural de Blumenau
Inscrições antecipadas na Musicarte:
contatoblumenau@musicarte.com.br
Fone: (47) 3329-2035

Blumenau (SC)
Dia 27, 20h – Fundação Cultural de Blumenau
Em frente ao Biergarten, às 20h
tucoegg@gmail.com

Curitiba (PR)
Dia 30, manhã - Hospital da Cruz Vermelha
datames@gmail.com (Tato)

Curitiba (PR)
Dia 30, 18h30 – Igreja Evangélica Irmãos Menonitas do Xaxim
gilberto.wiens@siemens.com (Gilberto)

sábado, 4 de outubro de 2008

Paixão e fé, faca amolada

Música tema do projeto Música Cristã Brasileira.




Agora não pergunto mais pra onde vai a estrada
Agora não espero mais aquela madrugada
Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser faca amolada
O brilho cego de paixão e fé, faca amolada

Deixar a sua luz brilhar e ser muito tranquilo
Deixar o seu amor crescer e ser muito tranquilo
Brilhar, brilhar, acontecer, brilhar faca amolada
Irmão, irmã, irmã, irmão de fé faca amolada

Plantar o trigo e refazer o pão de cada dia
Beber o vinho e renascer na luz de todo dia
A fé, a fé, paixão e fé, a fé, faca amolada
O chão, o chão, o sal da terra, o chão, faca amolada

Deixar a sua luz brilhar no pão de todo dia
Deixar o seu amor crescer na luz de cada dia
Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai se muito tranquilo
O brilho cego de paixão e fé, faca amolada

Fé Cega, Faca Amolada
Milton Nascimento e Ronaldo Bastos

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Baixo e Voz em Blumenau

Está confirmado.

O piloto do projeto Música Cristã Brasileira em Blumenau vai apresentar o duo Baixo e Voz, no teatro da Fundação Cultural.

Sérgio Pereira e Marivone Lobo, casados, pais de Dora Lobo Pereira, desenvolvem o Baixo e Voz desde 1991. No momento contam com quatro CDs independentes.

  • BAIXO E VOZ
    Dia 27 de novembro - quinta-feira, às 20h.
    No teatro da Fundação Cultural de Blumenau
    (em frente ao Biergarten).
    Ingresso: 1Kg de alimento não perecível.

Sérgio Pereira:
Compositor, arranjador, palestrante, educador na área musical (desde 1992) e história (formado pelo Centro Universitário Barão de Mauá em 2007), colaborador da revista Cover Baixo (escreveu as matérias de capa das edições 42 e 63); autor de materiais didáticos. Dentre eles, destaque para Harmonia & Baixo: estudos práticos (independente) e Acordes para Baixo: manual para quatro cordas (lançado pela editora Irmãos Vitale em outubro de 2007) – indicados em várias revistas especializadas.
Estudou com Cláudio Bertrami, Ian Guest, José Miguel Wisnik, Jaime Barbosa, Haroldo Garcia, José Eduardo Gramani, Geraldo Ribeiro e Marquito Cavalcante. Trabalhou com o grupo Expresso Luz - Goiânia - durante o ano de 1997.

Marivone Lobo:
Formada em Música Popular pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Compositora, arranjadora e professora de técnica vocal desde 1997. Foi integrante do Coral da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. Escreveu o material didático “Técnica Vocal para Iniciantes” (2002).

Músicos que indicam o duo:
Telo Borges, Ian Guest, Rique Pantoja, Arthur Maia, Wanda Sá, Edu Martins, Adriano Giffoni, Johnny Alf, Marquito Cavalcante, Jorge Pescara, Nilton Wood, João Alexandre, Marcelo Mariano, Fernando Merlino entre outros.